A distância, o desconhecido e o novo se tornaram minhas companhias diárias. Eu não sabia se perderia muito, ou ganharia pouco, caso eu optasse por cruzá-la. Eu já havia ouvido todos os tipos de clichês, todas as frases feitas e tudo aquilo que poderia minimizar ou maximizar a ideia de enfrentá-la. Eu sabia que se quisesse mudanças eu teria que arriscar, sabia também que o desconhecido seria a causa principal de cada passo que eu desse. Eu mergulharia em um mundo totalmente diferente. Sentimentos, destinos, direções, paradas, aventuras e uma lista infinita de coisas que chegariam conforme o tempo. Não dava para afirmar que tipo de mundo era. Colorido? Cinza? Ou seriam os dois? Talvez houvesse mesmo um tipo de equilíbrio e tudo estivesse em uma perfeita simetria, menos a minha mente, que estava perdida em um mundo virado de cabeça para baixo. Dentro de tantas questões, afirmações e dúvidas, havia um limite entre o novo e o misterioso, eu tinha vontade de entrar nessa dimensão, descobrir tudo aquilo que não conhecia e entender as vantagens de dividir todas as coisas, até mesmo a lateral da minha cama, que sempre foi uma ala meio egoísta da minha parte. Eu sei que eu tentava esconder quem eu era, tentava limitar minhas visões e meus pensamentos, mas era muito difícil dar o primeiro passo. No meio de tantas palavras eu sempre me lembrava dela, das propostas, das declarações e de toda simpatia e compreensão que ela havia demonstrado. Sim, ela havia entrado no meu mundo particular, havia feito uma pequena bagunça no meio das coisas que eu havia organizado esgotadamente, mas eu já não importava mais, por menor que fosse, ela tinha feito uma mudança dentro de mim. Eu não sabia mais como e o que elucidar, a única certeza que eu tinha era de que as minhas emoções estavam dissipadas no mesmo ar, que ela, a luz no meio da escuridão da minha alma, se encontrava.
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