Até o momento o silêncio foi a melhor opção para minha alma manter-se em um lugar paralelo a felicidade. Um lugar que deixasse transparente um sorriso que não era real, uma verdade que era mentira, uma palavra que não queria ser dita e um rosto apático coberto por uma máscara que mostrasse o contrario do que eu realmente sentia. Eu sabia que uma hora toda essa farsa se transformaria em um pesadelo maior do que o que eu já vivia, eu poderia esconder das pessoas tudo o que eu sabia, sentia e gostaria de falar, mas da minha consciência era impossível correr. Estava ficando cada vez mais complicado viver uma vida que não era minha, mas o silêncio continuava sendo a melhor opção. Compartilhar nunca foi o meu ponto forte, sofrer para o mundo ver nunca foi meu ponto fraco, então a melhor opção para minha dor era o silêncio.
O silêncio que falava por mim, as vezes era difícil esconder que algo estava errado, mas o meu silêncio respondia as perguntas que as pessoas me faziam constantemente. Eu estava ciente de que elas voltariam a me perguntar sobre meus maus momentos, mas eu já estaria pronta para responder que já estava tudo bem e que foi só um dia ruim, como na vida de qualquer ser humano normal. Como sempre o silêncio permaneceu sendo minha melhor opção. No final de tudo, eu sabia que eu sempre optaria pelo silêncio, que passou a ser minha melhor companhia, ali eu era capaz de ouvir meus próprios pensamentos e dizer para mim mesmo que era melhor calar do que dizer algo sem a intenção de fazê-lo. E mais uma vez o silêncio foi a calmaria para a tempestade que caia dentro do meu peito, mesmo diante de todo aquele tormento o vazio era a única forma de fazer o silêncio permanecer em mim.
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