Éramos um conjunto, um conjunto de muitas pessoas. As pessoas eram diversificadas e todas tinham um alvo em comum. O alvo era eu, mas eu já tinha sido acertada por um dardo e não podia deixar que outros tentassem me acertar. Meu dardo não sabia que uma nova competição havia sido, indiretamente, aberta e eu não fazia ideia de como parar uma ação relativamente natural. Todos os dardos tentavam me acertar, ficavam na mira e disparavam sem parar, mas eu sempre desviava. Eles eram muitos, mas atiravam em um movimento solo. Meu pólo positivo atraia cada vez mais pólos negativos, para se juntar aquele conjunto. Como? Eu não sabia responder e muito menos o motivo de o alvo ser eu. As minhas palavras e meus desvios de nada valiam, eu estava cercada. Todo lado que eu caminhava, havia um dardo apontado em minha direção. Na frente, na minha retaguarda, dos dois lados, em cima e em baixo. A armadilha foi bem estruturada e meus olhos ardiam tentando criar uma estratégia diante daquela pressão. Eu tinha plena consciência de que eu deveria correr, mas infelizmente eu não tinha para onde ir. Fechei os olhos e deixei que os dardos seguissem seu curso. Os dardos foram atirados e todos acertaram em mim, mas nenhum grudou, nenhum ficou preso, estavam todos ao chão. Ainda éramos um conjunto, um conjunto de muitas pessoas. Éramos muitos, mas no final não tínhamos ninguém.
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