Estava difícil dormir, meu corpo já pedia uma trégua e meu
subconsciente gritava para que não viesse outra noite em claro. Havia um tempo,
que eu não conseguia dormir. Um hábito que já era tão comum, que novidade seria se
eu conseguisse. Depois de rolar, para todos os lados possíveis, sentei na cama
e contemplei a noite. Que estava maravilhosa. O céu coberto de estrelas, a lua
enorme, escondendo-se um pouco atrás de uma casa, diante do meu campo de visão.
Aquela vista foi o ponto alto, para ajudar que minha insônia, não fosse embora. Ultimamente,
tudo o que eu fixava o olhar, trazia-me uma lembrança e hoje foi do dia em que nós, viramos a noite, conversando, rindo de piadas sem graça, deitados no
cobertor, esticado sobre a grama, com uma árvore ao lado, em um jardim qualquer. Permanecemos lá, ate o
dia amanhecer e nos banhar com a luz do sol, que reluzia em uma lagoa, próxima dali.
Uma lágrima ameaçou brotar em meus olhos e me trouxe de volta a realidade, o
dia já estava começando, eu passei a noite olhando a lua, como na lembrança,
que me deixou fixada, sem ouvir o que estava ao meu redor e sem enxergar a
paisagem, que realmente estava do outro lado da janela. Era um amanhecer
maravilhoso, como o do meu devaneio de segundos atrás, mas para mim era só mais
um dia, sem vida, como eu. Deite-me e consegui dormir. Agora era só esperar a
noite cair, para que eu voltasse a observá-la, na esperança que o próximo amanhecer desse uma nova luz para minha alma, que dormia quando o sol brilhava e acordava
quando ele adormecia.
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