Era uma tarde comum, de quarta -feira, presenteada com um por do sol, rajado em laranjado vibrante. Sentei na sacada e observei-o por um tempo, minutos depois tive um vislumbre, que me lembrou você. De uma forma pouco comum, quando ergui meus olhos na direção do céu, aquela luz me lembrou o brilho dos seus olhos, a maneira como as nuvens se encaixavam, lembrou-me seus delicados movimentos, como quando você tira o cabelo que pende sob seu rosto e abre aquele sorriso até os olhos, que faz minha respiração dissipar-se no ar, como uma partícula de poeira, que voa sem rumo até pousar e descansar. Comecei a reviver momentos, relembrando gargalhadas em meio a conversas sem fim, cada beijo roubado e cada abraço dado em um dia frio. Repentinamente começou a chover, meu rosto foi coberto por pequenas gotinhas geladas, queimando contra a minha pele quente e foram escorrendo em meios a lágrimas, que insistiram em cair, fazendo-me despertar, de um sonho com os olhos abertos e perceber que mesmo em meio a tantas lembranças, a única coisa que meu coração insiste em querer, é você. Mesmo que o preço a pagar, fosse sacrificar as memórias que vivi antes de te encontrar.
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